domingo, 22 de junho de 2008

II FÓRUM EAPE/CFORM

Palestra: Heranças da leitura

Com

LÉO CUNHA
Especialista em literatura infantil, mestre em Comunicação pela UFMG, doutorando em Cinema, 40 livros publicados e vários premiados.

&

MARIA ANTONIETA
Especialista em leitura, presidente da Fundação Municipal de Cultura e editora da Ed. Dimensão.


01/07/2008
8h30/ 14h
Centro de Convenções Ulisses Guimarães

Organização:
EAPE e Ed. Dimensão / Arco-Íris Distribuidora de Livros

Semana de 16 a 22 de junho

É bom saber que ao final tudo dará certo, como preconiza o ditado. Tenho estudado e lido bastante e nos últimos dias me concentrei em gêneros textuais, assunto que tem me arrepiado os cabelos, felizmente não é só de dificuldades e cansaço que venho falar. Essa semana tivemos uma excelente visita na EAPE( quarta-feira 18.06) com a palestra Modos de ler, modos de escrever as professoras Sônia Soares e Shirley Bragança aprofundaram a temática de gêneros textuais por meio de fragmentos da microssérie Hoje é dia de Maria. Além da temática previamente anunciada, discutimos: Intertextualidade, simbologia, leitura de imagens e outros elementos no melhor da abordagem multimodal. Trabalhar a leitura a partir do receptor é algo legítimo e que devemos abraçar, desconsiderando o contexto do leitor dificilmente teremos uma leitura significativa( Teoria da Recepção - Hans Robert Jauss), essa palestra nos ofereceu muito de conhecimento teórico e prático. Agradeço às nossas mentoras na EAPE, pelo carinho e dedicação para com o grupo, a perspicácia, o interesse e o conhecimento do trio tem nos rendido momentos únicos, Obrigada Susley, Eliane e Lúcia por cuidarem da gente.
O encontro com os cursistas ( quinta-feira 19.06) é sempre muito bom, adoro o grupo, pois a cada encontro aprendo mais, são tantos relatos, alguns apreensivos, com um sabor de revolta e muitos outros motivadores e, são esses relatos, essa troca de energia e experiência que nos impulsiona, pois é muito bom saber que temos pessoas que fazem o que gostam e acreditam na educação como fator de mudança. Essa trocas, reflexões e discussões têm contribuído sobremaneira para minha formação profissional e todos os encontros aprendo um pouco mais.
Acredito que a turma sobrevivente ( os que permaneceram) ficou porque está interessada no curso, eles só reclamam da quantidade de atividades que a malvada tutora lhes passa, alunos...se não tê-los como sabê-los.
Nessa quinta tivemos um grupo mais reduzido do que de costume e talvez por esse motivo, não tivemos tanta fluidez como eu gostaria, o que me deixa um pouco triste, pois carrego o peso das desistências e do baixo quórum. Nesse encontro trabalhamos o fascículo 2, utilizei os slides da professora Rita para diferenciar gênero e tipo textual a aula foi densa, muita teoria e nenhuma prática, mas acredito que tenha sido proveitosa e, em certa medida, interessante. No próximo encontro aprofundaremos a temática e prometo tentar redimensionar o planejamento de modo que tenhamos teoria e prática no mesmo encontro é uma promessa.
O meu compromisso com os cursistas é de oferecer o meu melhor, é fato que tenho estudado muito, mas esse muito, por vezes, é insuficiente para ofertar tudo o que eu gostaria, creio que a formação concomitante: cursista/tutor é algo que deve ser repensado nas próximas edições do curso, pois gera cansaço e desgaste desnecessários ao tutor.
Me despeço na certeza de que dias melhores virão, boa semana a todos!

UM ROUBO APENAS "ONDE VOCÊ COLOCAR O SEU TESOURO, AÍ ESTARÁ O SEU CORAÇÃO".

Segunda-feira, aula de PD1. É a aula da folia, é o ouro da folia. As atividades são livres. Leituras, conversas, filmes, trabalhos sobre virtudes, violência, afetividade, sexualidade, amizade, harmonia, enfim, falamos sobre plenitude, sobre a obra-prima do mundo. Por isso é importante falar de um acontecimento clássico: roubaram um celular. O LG estava na mesa da professora. Era o telefone para uso pessoal e urgente e necessário e único. Fora a música e a poesia de que tanto se fala em sala de PD1. Para essa dança precisamos refletir. Desliguem o som, o projeto agora, o cartão de visita para entrar nesse ritmo é o do entendimento. É importante espalhar a notícia para que esse desejo de roubar caia no abismo do esquecimento. A melodia é triste, essa pedra no meio do caminho de nossa comunidade escolar precisa ficar fora da dança. Chega mais perto e contempla o outro, só um azarado ou azarada tem essa sorte de ser covarde e tomar posse do que não lhe pertence. Elogiar o quê? Dizem que sapo tem olho grande porque vive na lama, mas aqui, em nossa comunidade, não existe essa lama. Vive-se muito bem aqui. Aqui é o mundo. Somos todos felizes em algumas horinhas de descuido. O escritor João Guimarães Rosa diz que: "felicidade se acha em horinhas de descuido", e é mesmo. É preciso entender o processo. E como esse material didático é meu, posso falar da maneira que eu quiser. Afinal, tão pouca gente se preocupa com educação e, com essa última frase, eu me defendo. Vou falar sim, desse roubo, pois é uma atitude de violência extrema e estou aqui para ajudar, para montar a tenda e dizer que a violência não compensa, essa reação é atitude de uma educadora preocupada com seus estudantes e suas estudantes, não se trata de selecionar grãos de frustração para falar de um caso isolado. Esse circuito é farto. Esses acontecimentos estão virando rotina. Em outra sala também roubaram outro celular de uma professora. Outras vezes roubam celulares de outros estudantes, roubam dinheiro; e esse verbo roubar está sendo conjugado assim, no presente do indicativo, e com sujeito indeterminado, que é sempre o verbo na terceira pessoa do plural, e nós não podemos identificar esse sujeito, mas ele existe. É fácil classificar essa atitude? Verbos no modo indicativo são aqueles que expressam fato certo. Esse projeto será ampliado e todas as vezes que um objeto qualquer sumir, uma crônica surgirá, sem ser generosa, para falar dessas duas realidades: Paz e Violência! É urgente que essa leitura fascine o ignorante que rouba, esse ziguezague precisa cair no vazio. Alguma coisa está errada e precisamos pesquisar. Essa aventura será fabulosa, vou me expressar assim, todas as vezes que esse ferro a fogo irromper no nosso cenário. Essa é a minha brandura e estou catalogando outras, peneirando, adequando, enfim!(socorro.juliao@ig.com.br)
A professora Maria do Socorro participa do curso Alfabetização & Linguagem, módulo 2.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

“Formação do professor é importante,mas não garante qualidade”

Um estudo recente encomendado pela Fundação Lemann e pelo Instituto Futuro Brasil indica que apenas 5% dos melhores alunos formados no ensino médio querem atuar como docentes do ensino básico. O dado, baseado no aproveitamento dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é discutível, mas pode ser tomado como mais um indício do desprestígio da figura do professor no Brasil.
Daiane Souza/UnB Agência

“Dentro da sala de aula, o professor está reclamando do seu salário, da falta de condições de trabalho, da falta de educação dos alunos, da falta disso, daquilo, sempre da falta. Como faz sentido para esses alunos seguir uma carreira em que só se mostra descontentamento?”, analisa a professora Regina Pedroza, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB). Ela ministra a disciplina Fundamentos de Desenvolvimento e Aprendizagem, que é freqüentada por todos os alunos de licenciatura da universidade.
Na entrevista abaixo, concedida à UnB Agência, a professora discute a validade de uma pesquisa baseada apenas nas notas dos considerados “melhores alunos”, mas corrobora a impressão de que é preciso valorizar o ofício do professor. “Não dá para querer que um professor seja capaz de sobreviver com o salário que anda recebendo. Mas tem muito mais para ser feito. Todo político fala sobre a importância da saúde e da educação, mas não existe uma política educacional no país”, reclama.
Regina ainda recorre ao passado para explicar a atual condição do professor no Brasil e diz que não existem bandidos e mocinhos nos atritos noticiados recentemente entre professores e alunos. E, apesar de tudo isso, aconselha aos estudantes a se tornarem professores: “Eu acredito que possa, como professora, participar da mudança do mundo”.

UnB AGÊNCIA – Segundo estudo recente encomendado pela Fundação Lemann e pelo Instituto Futuro Brasil, apenas 5% dos melhores alunos formados no ensino médio querem atuar como docentes do ensino básico. Por que a falta de interesse dos alunos?
REGINA PEDROZA – Antes de tudo, é preciso dizer que aí tem uma complexidade muito grande. É preciso discutir os parâmetros escolhidos para dizer quais são esses “melhores” alunos. Será que quem tira a melhor nota será o melhor professor? Nós estamos querendo antecipar uma escolha profissional para ainda mais cedo. A gente já faz isso quando o aluno escolhe sua profissão a partir do curso a que ele atende na universidade. Talvez estejamos falando de uma formação que privilegia os conhecimentos formais.

UnB AGÊNCIA – Que outra formação deveria ser levada em conta?
REGINA – Eu, por exemplo, trabalho com a formação da pessoa do professor. Minha tese de doutorado mostra a necessidade de trabalhar com a questão da personalidade. Não que exista uma personalidade de professor, mas eu trabalho com uma formação pessoal. Ela falta desde sempre na nossa formação enquanto sujeitos. Somos mais formados para uma lógica de um mercado de trabalho. Desde pequeno, na escola, nós somos formados para nos adaptar à sociedade. E essa sociedade é regida pela lógica do mercado, que exige que a pessoa seja competitiva, produtora, que tenha habilidades e competência voltadas para o lucro, para o que é a lógica da sociedade capitalista. Ao mesmo tempo, dizemos que também deveria haver uma formação da sensibilidade, de valores morais, de solidariedade, de ajuda mútua. Isso é contraditório.
UnB AGÊNCIA – Ainda assim, é possível dizer que os alunos não se vêem como professores no futuro. REGINA – Há modelos de professores. Dentro da sala de aula, o professor está reclamando do seu salário, da falta de condições de trabalho, da falta de educação dos alunos, da falta disso, daquilo, sempre da falta. Como faz sentido para esses alunos seguir uma carreira em que só se mostra descontentamento? A gente só ouve a desvalorização dessa profissão de professor. A sociedade quer que a gente tenha sucesso. Na nossa sociedade, bem sucedido é que tem dinheiro, status. É quem tem, e não quem é. E o salário do professor não permite a ele ter muitas coisas.
UnB AGÊNCIA – Como chegamos a essa situação?
REGINA – Historicamente, quando surgiram as primeiras escolas no Brasil, os professores do ensino básico eram mulheres, que depois passaram a ser “tias”. Eram mulheres que não precisavam de um salário. A elas bastava essa oportunidade de sair de casa para ter uma profissão. É uma profissão que, na Grécia antiga, era dos escravos. Os tutores da nobreza eram propriedades do senhor. Mas o que diferencia o Brasil dos outros países é a estupidez da diferença entre classes sociais. Nós não encontramos problemas em escolas particulares. É difícil pensar que apenas 5% da população brasileira têm acesso à educação. E a maioria está onde os professores têm menos condições. É mais fácil dar aula para filho de classe média do que ir para uma escola em que o menino vem mal vestido.
UnB AGÊNCIA – Como valorizar os docentes? Basta aumentar o salário?
REGINA – Não. Aumentar o salário com certeza é importante. Não dá para querer que um professor seja capaz de sobreviver com o salário que anda recebendo. Mas tem muito mais para ser feito. Por exemplo: todo político fala sobre a importância da saúde e da educação, mas não existe uma política educacional no país. É preciso um compromisso político-pedagógico. Na UnB, houve um momento, durante a criação dos cursos noturnos, em que se falou na importância de criar as licenciaturas. E isso aconteceu. Mas não basta criar só o curso de licenciatura, até porque muitas das pessoas que vieram fazer os cursos noturnos não querem ser professores, e não têm outra opção no mesmo horário. Eu acredito que uma política pedagógica dentro das universidades e dos centros de formação do professor poderia dar sentido para que uma pessoa optasse pela profissão, acompanhado de salário, de condições de trabalho.
UnB AGÊNCIA – E as universidades têm contribuído para melhorar a situação?
REGINA – A desvalorização existe também dentro da universidade. Em áreas como Matemática, Física e Química, há um preconceito contra quem vai para a área de licenciatura, para ser professor, em vez de ir para a área de pesquisa. Essa pessoa é vista como mais fraca. Porque quem produz conhecimento é o pesquisador, não o professor – apesar de nós podermos pensar o professor como um pesquisador. Além disso, ainda há uma distinção entre professores da graduação e da pós-graduação. Na UnB, ainda existem vários professores que atuam nos dois âmbitos, mas há muitos lugares onde os professores nem querem mais dar aula na graduação. Saiu um comparativo recentemente que diz que as universidades brasileiras produzem tanto quanto as mexicanas, mas, na atuação e nos índices do ensino fundamental, o Brasil cai. São professores mal formados, e principalmente leigos. A formação no Brasil é péssima, mas é preciso ver quais são as condições. Por outro lado, há pessoas que, nessas condições, se tornam bons professores. Garantir um conteúdo de informação é extremamente necessário, mas não é suficiente para garantir uma boa formação.

UnB AGÊNCIA – Como melhorar a formação do professor?
REGINA – Como estabelecer o que seria uma boa formação? A formação do professor é extremamente importante, mas apenas ela não garante a qualidade. A gente precisa de políticas públicas que possam começar a mudar essa visão do que é ser professor. No primeiro dia de aula da minha disciplina, eu peço para os alunos escreverem uma redação cujo tema é “por que ser ou não ser professor”. O resultado é muito interessante, porque a maioria dos meus alunos está na licenciatura, mas não quer ser professor. Muitos têm até possibilidade de escolha, pegam a licenciatura como segunda opção, para valorizar o currículo, mas não querem ser professores. Essa discussão da formação do professor tem que ser retomada.
UnB AGÊNCIA – A criação de bolsas de iniciação à docência pela Capes pode alterar essa mentalidade?
REGINA – É um começo. Quem sabe, dar uma bolsa incentive os estudantes a trabalhar com a licenciatura. Na UnB, nós já demos um passo muito grande com as bolsas de extensão. Ainda mais porque a universidade não tem dinheiro e a bolsa facilita o deslocamento dos alunos. Ensinar é permitir, a partir de possibilidades que você apresenta, que o outro vá em busca do seu próprio aprendizado.
UnB AGÊNCIA – A Delegacia da Criança e do Adolescente na Ceilândia registra seis agressões e ameaças por semana contra os docentes nas cidades de Ceilândia e Taguatinga. Recentemente, os espancamentos de alguns professores ganharam notoriedade nos jornais. Existem culpados nessas histórias?
REGINA – Não. Para mim, não existem bandidos ou mocinhos. Com toda essa complexidade da nossa sociedade, com essas diferenças sociais, como se pode falar de uma violência ou não? A questão é relacional. Que condições o professor encontra em Ceilândia e que condições o professor encontra em uma escola particular do Plano Piloto? Isso tem que ser explicitado, mas tem que ser analisado criticamente, em busca de algo para ser colocado no lugar. Passamos por um momento de denúncia, de preconceitos.
UnB AGÊNCIA – O professor brasileiro é respeitado?
REGINA – Não. Por uma série de problemas. Paulo Freire falava: “professora, sim, tia não”. E perguntava: “você já viu alguma passeata de tias? Alguma tia reivindicando salário?”. Está no imaginário das pessoas que ser professor é um sacerdócio, uma vocação. Mas agora não dá mais para se sustentar nessa doação toda. Todo mundo merece respeito. Todos somos seres humanos e temos que ser dignos de respeito. Todo mundo, inclusive os alunos. A violência vem do aluno, mas também pode vir do professor. A violência começa pela discriminação. Qual é a perspectiva de vida desse aluno que bate no professor? E eu já presenciei professora jogando apagador em cabeça de menino de sete anos de idade. É culpa da professora? Não. É culpa de todo um contexto em que ela está. Ela não tem condições de trabalho. Está em um estresse tão grande, que é capaz de fazer isso. E esse não foi o único incidente que eu presenciei.
UnB AGÊNCIA – Que motivos daria para um jovem ser professor hoje?
REGINA – Digo para todos os meus alunos que sejam professores. Falo tanto que, durante as colações de grau, alguns deles que decidem não seguir essa carreira vêm me dar satisfação. Ninguém precisa ser professor. Mas, lembrando as palavras de Paulo Freire de novo, eu “não gostaria de ser homem ou ser mulher sem a possibilidade de mudar o mundo”. E eu acredito que possa, como professora, participar da mudança do mundo.

PERFIL
Daiane Souza/UnB Agência

Regina Pedroza é professora do Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de Brasília (UnB) desde 1994. Coordenadora do programa de Educação Turotial (PET) do IP desde 2005, a professora é graduada em Psicologia e Licentiatura em Psicologia pela UnB, onde cursou mestrado e doutorado na mesma área. O doutorado, especificamente, trata da formação do professor. Publicou o livro Relações Interpessoais: abordagem psicológica pelo Ministério da Educação em 2005, e tem dois capítulos publicados em outros livros.

domingo, 15 de junho de 2008

UnB - Formação de tutores 14/06

Revigorante... assim foi o encontro na UnB. O encontro de sexta foi 10!! bons professores e aprendizado de maneira dinâmica e eficiente.
Vocês não têm idéia do quanto é cansativo o encontro na UnB, um dia todo sendo bombardeada por informações e conteúdos. São tantas informações, mais que necessárias é óbvio, é um misto de vontade, pressa, muita pressa... nós queremos tudo ao mesmo tempo e, nós do DF queremos muito mais, tudo o que puder facilitar e dinamizar o nosso encontro com os cursistas e as vezes é cansativo. O bom é quando o conteúdo é oferecido de uma maneira que te prende, quer pelo conhecimento e segurança do professor, quer pela dinâmica/didática da aula e foi isso que vivenciamos na sexta-feira, todos com os seus horários e sem coragem de sair da aula. Comecei o meu relato com a palavra revigorante porque foi assim, revigorada, que me senti no último encontro. Um turbilhão de informações e possibilidades de ensino/aprendizagem com os Professores Doutores: Patrícia e Dioney.
Pela manhã nosso encontro foi com a Profa. Patrícia, lexicográfa, que nos abriu um leque de possibillidades de trabalhos com o dicionário e arrematou o fascículo 2, Gêneros Textuais, com foco nos verbetes de dicionário, foi muito bacana. A professora foi bem dinâmica e envolveu a todos, aprendemos um bocado sobre dicionário e sobre gêneros e tipos textuais. Espero que a professora retorne em um outro momento para ministrar outros conteúdos dos fascículos é interessante mexer com a dinâmica do curso, sugiro que sejam convidados outros professores (Especialistas) para trabalhar assuntos dos fascículos subsequentes. A tarde estivemos com o professor Dioney e foi, como sempre, muito boa a aula. Ficamos boquiabertos com a sua didática e o desenvolver de conceitos e informações durante a sua apresentação pessoal, você é incrível!! Quando crescer quero ser como você...é uma responsabilidade muito grande ser uma referência e sei que você não decepciona, pois você está sempre em movimento, buscando mais, aprendendo e ensinando, isso é fantástico. Eu penso que numa formação continuada é essencial contar com pessoas motivadas, estudiosas, pessoas que investem e acreditam que a educação é um fator de mudança. Não se trata de falar por falar é muito mais... é estudar, é refletir, é propor, é mudar. Eu percebo que os professores que buscam uma formação continuada já desenvolvem uma prática diferenciada em sala, admitem uma variação linguística, trabalham com texto, lêem e trabalham a leitura e,principalmente, estão abertos para discutir suas práticas docentes, refletem e não vêem problemas em mudar. É uma pena que os professores radicais, presos a uma metodologia que não abarca os anseios do alunado não participam desses cursos, pois sentem-se auto-suficientes e donos da sua sala e dos seus alunos. Esses professores não ensinam seus alunos a criticar, não os ensinam a ler o mundo, não os tornam cidadãos, pois ele próprio não tem respostas para um aluno pensante.
Quero aprender e me renovar sempre, ter coragem e força para buscar o conhecimento e humildade para compartilhar tudo o que eu aprender. Amém

FÓRUM DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO NÚCLEO BANDEIRANTE

Os dias 10 e 11 foram dedicados ao II Fórum, como imaginava, o encontro foi surpreendente e bastante enriquecedor. Fui surpreendida pela palestra sobre educação matemática da professora Erondina, um espetáculo, fiquei fascinada com a sua fala e com as dicas para um aprendizado e avaliações formativas, é fato que a minha expectativa era pela palestra da professora Maria Aparecida, sobre letramento, entretanto me acrescentou muito mais a palestra sobre educação matemática (conteúdo foi muito reflexivo). É interessante o fato de que o tema letramento seja abordado, a maioria das vezes, de maneira superficial, penso que os estudiosos do assunto deveriam propor atividades em diversos níveis( como o próprio letramento) em que os professores pudessem direcionar a sua prática para o fazer letrando. Muitos professores não são familiarizados com o termo letramento e aqueles que já ouviram falar o relacionam ao período da alfabetização. É triste constatar que nas poucas oportunidades de aprendizado sobre o assunto( palestras), freqüentemente não há avaço para além da conceitualização. Penso que o II Fórum era um lugar ímpar para trocarmos idéias acerca do que éo letramento e de como direcionar nossas práticas cotidianas na perspectiva do ensinar letrando, infelizmente ficará para o próximo ano, ou uma outra oportunidade, quem sabe?? A minha avaliação em relação ao encontro é muito positiva, pois um espaço para ouvir, questionar e refletir práticas pedagógicas é sempre bem vindo. Destaco a manhã do dia 12 como ponto alto do evento a palestrante Solange, representante da SEE, que substituiu a Drª. Maria Inês Fini, não deixou nada a desejar, foi fantástica. A palestra do Secretário da Secretaria de Diversidade - André Lázaro, foi muito educativa e esclarecedora, por meio de um bate-papo beirando a informalidade ele falou um pouco do que é a secretaria da diversidade/MEC e partilhou algumas peculiaridades e situações inusitadas daquela pasta, foi tão agradável que um grande número de professores permaneceu no auditório, mesmo com o avançar das horas. As minhas impressões são as melhores possíveis, não pelo fato de estar no NMP, mas pela qualidade do evento e dos palestrantes. Vocês que participaram do evento registrem suas impressões, será que o evento foi agradável e informativo a todos? Se você não participou diga se acha importante iniciativas dessa natureza. Aguardo as postagens, até mais.

terça-feira, 10 de junho de 2008

ll Fórum de Educação Básica do Núcleo Bandeirante/ Práticas Pedagógicas de Inclusão Social:Desdobramentos no Cotidiano Escolar

Quarta-feira – 11/06
MATUTINO
8h30m – Credenciamento
9h – Abertura
Secretário de Educação do Distrito Federal
Dr. José Luiz Valente
9h15m – Diretora da Diretoria Regional de Ensino
do Núcleo Bandeirante
Profª. Élida Cristina Gomes de Melo
9h30m – Palestra
Palestrante – José Leopoldino da Graça Borges
VESPERTINO
13h30m – Credenciamento
14h – Palestra
Tema: Linguagem Matemática pautada na Avaliação
Formativa, na perspectiva de Inclusão Social
e no contexto do cotidiano escolar.
Palestrante – Profª MSc Erondina Barbosa da Silva.
Professora SEEDF/EAPE.
15h20m – Palestra
Tema: Letramento na perspectiva de inclusão
social no contexto do cotidiano escolar, pautados
na avaliação formativa.
Palestrante: Profª MSc Maria Aparecida de Sousa.
Tutora do BIA—EAPE.
Quinta-feira – 12/06
MATUTINO
8h30m – Credenciamento
9h – Abertura
Secretária Adjunta de Educação do Distrito Federal
Dra. Eunice de Oliveira Ferreira Santos
Diretora da Diretoria Regional de Ensino do Núcleo
Bandeirante
Profª. Élida Cristina Gomes de Melo
9h15m – Palestra
Tema: Competências e Habilidades / Descritores e
Indicadores
Palestrante: Profª Dra. Maria Inês Fini. Assessora da
SEESP.
10h15m – Palestra
Tema: A diversidade educacional como Política Pública.
Palestrante: Prof. Dr. André Luiz de Figueiredo Lázaro.
Secretário de Educação Continuada, Alfabetização
e Diversidade.
VESPERTINO
13h30m – Credenciamento
14h – Palestra
Tema: Educação Inclusiva
Palestrante: Giselda B. Jordão de Carvalho. Diretora
de Educação Especial.
15h30m – Palestra de encerramento
Palestrante: Deputada Eurides Brito.
http://forumdeeducacaobasicanb.blogspot.com

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Semana de 02 a 06 de Junho

A semana foi bem tranqüila com poucas atividades e muita leitura. Como de costuma reunião no NMP para sociallização de eventos e informações, nervos a flor da pele por causa do II Fórum de Educação Básica do Núcleo Bandeirante, excesso de zelo para uma equipe que prima pela eficiência, sei que vai dar tudo certo. Estou montando uns slides do fascículo 2 para o próximo encontro é sofrível a minha habilidade com recursos tecnológicos, entretanto devo registrar que tenho tido grandes progressos nesse campo e o Blog é um deles. Quarta-feira estivemos na EAPE o encontro foi bem dinâmico e didático, as meninas: Susley, Eliane e Lúcia convidaram a palestrante Liliane que nos deu algumas dicas de como trabalhar com o quadro fonético apresentado pela Profa. Ana Dilma, pautando sua fala no livro Guia do Alfabelizador, Miriam Lemle. Foi excelente a contribuição da professora Liliane, parabéns meninas pela iniciativa, vocês são o diferencial na nossa formação. Tivemos uma reunião na Escola Parque intitulada " Ciclo de Idéias" para professores de língua portuguesa e língua estrangeira moderna, que segundo informações, seria para discussão do Currículo de séries finais, entretando as palestras tomaram rumos diferenciados e não atingiram o objetivo esperado. Ouvi comentários de insatisfação de muitos professores com os quais concordo, penso que o tempo poderia ter sido melhor aproveitado e explorado temas pertinentes a esse público haja vista tratar-se de um "ciclo de palestras" o que pressupõe alguns outros encontros pela frente.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A importância da formação continuada

Abri o site da Profª.Drª. Stella Maris Bortoni - Ricardo e me deparei com o texto abaixo. É surpreendente, pois hoje pela manhã recebi a visita da minha amiga Rose no NMP e estavámos conversando algo semelhante. Leiam, reflitam e comentem!!!
Visitem o site da professora Stella Maris tem excelentes contribuições para o professor de língua materna é só clicar nos imperdíveis.

Os professores no Brasil e em outros países
100%LÁ X 48% AQUI

É essa a desvantagem do Brasil em relação aos países da OCDE num ponto crucial: o número de professores especializados em suas áreas. Concursos recentes expõem o problema
Camila Pereira ( Fonte: Veja. junho. 2008)



Poucos fatores influenciam tanto o desempenho de um aluno em sala de aula quanto o nível de seu professor. Por essa razão, é especialmente preocupante o que mostra um levantamento recente feito com base no desempenho de 260 000 professores em concursos públicos de quatro das maiores redes de ensino do país – Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo: 73% deles foram reprovados em testes básicos das áreas em que pretendiam lecionar, entre elas matemática, português e física. Quase todos já dão aula em escolas públicas ou particulares. Boa parte dos 27% restantes, esses aprovados, passou raspando. O resultado não é exatamente uma surpresa. Há pelo menos três décadas o padrão dos candidatos vem caindo e não é raro que nem todas as vagas sejam preenchidas no fim de um concurso desse tipo, como acontece mais uma vez agora. O que chama atenção no caso atual é o número recorde de notas vermelhas. O pior exemplo vem de Pernambuco. No exame para recrutar professores de matemática, apenas 0,8% dos candidatos conseguiu responder a questões elementares de geometria e álgebra – 34 dos 4 352 candidatos que se inscreveram. Essa e as demais provas foram submetidas por VEJA a especialistas, que chegaram a uma conclusão nada otimista. Resume o professor de matemática João Meyer, da Universidade Estadual de Campinas: "Quem não passa numa prova dessas não sabe o mínimo necessário para entrar na sala de aula". Mas a maioria entra.
O desastre revelado pelo novo levantamento é reflexo de dois problemas já antigos no Brasil. O primeiro diz respeito à qualidade dos cursos superiores de formação de professores, dos quais apenas 1% atinge a nota máxima na avaliação oficial. Salvo raras exceções, eles despejam nas escolas gente sem o domínio básico das matérias que vai lecionar. Outra questão, igualmente preocupante, se deve ao fato de a carreira de professor não conseguir mais atrair os bons alunos. Uma pesquisa conduzida pela consultoria McKinsey deu os números. Ela mostra que em países de mau ensino os aspirantes a professor pertenciam, na escola, ao grupo dos 30% com as piores notas – um contraste em relação aos países que aparecem no topo dos rankings, onde os 10% melhores estudantes escolhem lecionar.
O típico brasileiro que opta por ser professor de escola se enquadra justamente no primeiro caso, conforme reforçam dados de uma pesquisa da Unesco. Ele vem de família em que os pais não chegaram ao fim do ensino fundamental, estudou em colégio público e procura, antes de tudo, um vestibular mais fácil e um curso mais barato. Também está motivado pela possibilidade de uma carreira estável no setor público. Há ainda um segundo tipo, que entra numa faculdade de matemática ou física sonhando tornar-se cientista, mas, na ausência de uma perspectiva concreta, termina na licenciatura. É gente como a pernambucana Alessandra Primo, de 28 anos. Professora de química do estado, ela foi reprovada no mês passado ao tentar um novo concurso: "Meu sonho era ser engenheira química, e não professora". Está longe de ser a única. "No Brasil, muitas pessoas acabam na carreira de professor por falta de opção melhor", diz a especialista Maria Inês Fini.
Não surpreende o fato de o número de professores especializados nas áreas em que lecionam estar muito aquém do necessário. Segundo o Ministério da Educação, apenas 48% dos professores brasileiros têm formação específica para a disciplina que ensinam. Na física, o número é pior ainda: só 11% se especializaram antes de entrar na sala de aula. A situação brasileira soa absurda nos países em que a educação traz bons resultados – e a carreira de professor figura entre as de maior prestígio, caso da Coréia do Sul e da Finlândia. Para atraírem os melhores, esses países não apenas estabeleceram um bom piso salarial como, sobretudo, conseguiram criar um ambiente em que os professores têm o talento reconhecido e estimulado. Lá, os piores ficam de fora da sala de aula – e precisam enfrentar uma acirrada concorrência caso queiram mesmo lecionar. Eles sabem que conseguir uma vaga lhes custa esforço. No Brasil, ao contrário, mesmo aqueles que tiram notas baixas têm espaço na escola. O matemático Emerson Nunes, de 31 anos, é um deles e resume o pensamento geral: "Diante do que o estado oferece ao professor, somos cobrados demais nos concursos. Eu me sinto perfeitamente apto a ensinar". Nunes tirou 2 (numa escala de zero a 10) no último concurso para professores de matemática em São Paulo. Ele dá aula hoje em cinco escolas estaduais, em regime de contrato temporário. Não é um cenário exatamente favorável para que os estudantes brasileiros melhorem – e o ensino no país avance.