sábado, 31 de maio de 2008

Semana de 26 a 30 de maio

O mote da semana foi a leitura, o que a fez bastante produtiva. Lí três livros fantásticos e, obrigatórios para os professores de língua portuguesa, são eles: Como um Romance, Daniel Pennac/ Ler, pensar e escrever, Gabriel Perissé e o Texto e a construção do sentido, Ingedore Koch, (depois falamos mais sobre eles). Participei de alguns eventos como o I Fórum BIA e Língua Portuguesa, que promoveu um grande encontro com os escritores Jonas Ribeiro e André Neves e todos os tutores e cursistas dos módulos I e II do curso Alfabetização & linguagem, do Seminário Nacional Retratos da leitura no Brasil, do Encontrão do curso "A arte de contar histórias" e formação na UnB...ufa!!

Para mim foi muito significativo o encontro com os escritores, pois é muito bom voltar à infância por meio da contação de histórias. Não conhecia quase nada da produção do Jonas Ribeiro e nesse dia, além de conhecê-lo um pouco mais, me diverti, aprendi e me emocionei com suas histórias, uma pessoa apaixonante, assim o considero. Já era minha conhecida a produção artística do André Neves, os traços, a sensibilidade e a poesia dos seus textos são freqüentes em minha casa e nos nossos corações.

Acredito que o encontro com escritores de literatura infantil, propicia um redimensionamento do olhar do professor de séries finais. É tão gostoso ouvir histórias, todos nós gostamos de uma história bem contada, você acha que o seu aluno não gostaria de ouvir? Talvez você nunca tenha propiciado tal momento em sua classe. Ler por ler, leitura por fruição sem cobrança, sem comentários. Experimente entrar na sua sala de aula e após a saudação ler algo especial para os seus alunos, em seguida prossiga o seu planejamento normalmente. Procure fazer esse exercício por um período e registre a evolução dos alunos/ouvintes, você identificará mudanças. Surpreenda seus alunos, como disse Jonas Ribeiro em uma outra ocasião, experimente levar uma caixa bonita para a sala de aula e deixá-la fechada...os alunos ficarão loucos de tanta curiosidade, nós também somos assim quando somos alunos, observe-se como aluno e veja que temos o mesmo perfil. Portanto, pense o que te atrai numa aula, como é um bom professor, o que te faz querer participar de determinada aula e quantas perguntas puder, talvez assim, nesse momento aluno/professor encontremos a resposta ou o caminho para tocar de modo significativo o nosso aluno.

Tive a oportunidade de participar do Seminário Nacional: Retratos da Leitura no Brasil, fan-tás-ti-co! fiquei surpresa com o universo pesquisado e também com os números obtidos. Foi um tanto paradoxal, um misto de alegria e tristeza, constatar que a leitura está no ambiente escolar( um número significativo de leitores está veiculado a fase escolar), alegria por saber que a escola ainda cumpre o seu papel e triste por saber a quantas anda as nossas escolas, os profissionais da educação e a própria educação. Foi muito bom constatar que as crianças entre 11 e 13 anos lêem 8,6 livros por ano, que as mães são indicadas como grandes incentivadoras desse hábito, ficando à frente dos professores e, ainda que as mulheres são as maiores leitoras do Brasil e da América Latina. Passamos um dia inteiro nos apropriando dos números e discutindo as possíveis interferências a partir deles. Muitos foram os caminhos sugeridos, o mais recorrente, sem dúvida, foi em relação à escola que, como identificado na pesquisa, é locus privilegiado de leitura. É interessante buscar mais informações no site http://www.prolivro.org.br/, pois nós, professores, somos parte integrante e contribuinte dessa realidade leitora/ não leitora.
Finalizando a semana, formação na UnB. O primeiro momento( manhã) do nosso encontro foi com a professora Ana Dilma, com excelentes contribuições acerca da lingüística e, principalmente a sóciolingüística. A aula foi expositiva, dinâmica, recheada de exemplos contextualizados, enfim, muito esclarecedora. Igualmente enriquecedor foi o encontro com a professora Rita no período da tarde, que concluiu o fascículo 2. A professora conduziu sua aula baseando-se no material do Prof. Marcuschi, o que nos propiciou um aprofundamento significativo acerca dos gêneros textuais o que, certamente, refletirá em nossa prática com os cursistas. A semana foi repleta de bons eventos e me exigiu bastante, felizmente hoje é sábado!!! vou concluir uma atividade escolar (sou aluna... deixei para o último momento) e descansar um pouco. Boa semana a todos!!!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Próximo encontro - 27/05/2008

I FÓRUM
BIA E LÍNGUA PORTUGUESA
Curso CFORM : Alfabetização e Linguagem - Módulos 1 e 2


Grande Encontro:
JONAS RIBEIRO E ANDRÉ NEVES
Proseando sobre a construção de textos e ilustração


Data: 27 de maio, terça-feira
Local: Igreja Sara Nossa Terra – QNSW 04 LOTES 07/08 – SUDOESTE (após Setor de Oficinas)
Horário: 8h 30 às 11h ou
14h às 17h


Você não pode perder esse momento de LITERATURA VIVA!!

Conhecendo os autores...

Jonas Ribeiro é formado em Letras pela PUC-SP. Inscrito nos Projetos "O Escritor Na Cidade" (SEC - Secretaria de Estado da Cultura - SP) e “O Escritor Nas Bibliotecas” (SMC – Secretaria Municipal de Cultura – SP). Já percorreu mais de 650 escolas das redes pública e particular, contando histórias, ministrando cursos e divulgando seus mais de 70 livros já publicados.
ANDRÉ NEVES nasceu em Recife (PE), mas atualmente reside em Porto Alegre (RS), onde trabalha pesquisando, escrevendo e ilustrando livros infantis. Estudou Artes Plásticas, é arte-educador e promove palestras e oficinas sobre literatura infantil e juvenil. Publicou: A caligrafia de Dona Sofia, Menino chuva na rua do sol, Seca e Mestre Vitalino, além de ter ilustrado vários livros.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

SER PROFESSOR É UM COMPROMISSO COM A HUMANIDADE


SER PROFESSOR É UM COMPROMISSO COM A HUMANIDADE[1] - Valdir Sodré
Segundo o dicionário Globo, MOTIVAÇÃO é o ato de motivar. Motivar é dar motivos; causar; ocasionar; expor os motivos, as razões de. Motivo (do latim motivu) é o que determina ou causa alguma coisa; o que pode fazer mover. Nesse sentido, motivação está intimamente ligada a movimento.Segundo o Dicionário Básico de Filosofia (Jupiassú & Marcondes, p. 189), “os filósofos definem movimento do mesmo modo que os físicos, associando sempre tempo e espaço, e não como simples sinônimo de deslocamento: toda modificação, tudo aquilo que faz com que as coisas mudem, com que o mundo esteja em permanente devir”.Motivação requer ousadia, criação, autonomia, inconformismo, conflitos, contradição, compromisso, consciência, dentre outros atributos. É vontade de aprender sempre.Os quatro pilares da Educação no século XXI, traçados pela UNESCO – APRENDER A CONHECER, APRENDER A FAZER, APRENDER A VIVER JUNTOS / A VIVER COM OS OUTROS e APRENDER A SER – contribuem substancialmente na reflexão necessária em torno do trabalho que realizamos.A LDB (Lei nº 9394/96), no Título I, artigo 1º, afirma que “a Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais, organização da sociedade civil e nas manifestações culturais.O processo aprendizagem-ensino não acontece apenas na escola. Na relação professor-aluno é fundamental como teor a ética, já no processo aprendizagem-ensino o compromisso e a técnica. Na escola, precisamos oportunizar a criação da consciência reflexiva, que é a capacidade de focalizar, discernir e orientar o próprio pensamento. Assim, desenvolvemos a capacidade de pensar por conta própria. Isso é um desafio para o professor.Quem ensina quem? Quem aprende com quem?Tudo isso nos leva à importância do trabalho em grupo, ao mesmo tempo em que nos desenvolvemos pessoalmente, e ao diálogo. Segundo Sócrates e Platão, o diálogo consiste na forma de investigação filosófica da verdade, através de uma discussão entre o mestre e seus discípulos, cabendo ao mestre levá-los a descobrir um saber que trazem em si mesmos mas que ignoram.Quem desenvolve o trabalho escolar? Qual é o ofício de aluno?Etimologicamente, aluno significa “sem-luz” (a = sem, lune = luz). Tal percepção nos faz refletir profundamente sobre nossas ações e intervenções em sala de aula, de nosso papel social e de nosso exercício profissional.A escola, por fim, é local do trabalho escolar, que deve ser necessariamente espaço de criação. “Educação é uma forma de intervenção no mundo e uma experiência exclusivamente humana” (Paulo Freire).Ser professor é, sobretudo, fazer pulsar o sentido de nossa condição humana. É um compromisso com a humanidade. É estabelecer a importância do outro, da coletividade e da solidariedade, frente ao individualismo imposto pela proposta moderna de mundo.[1] Quase 50% dos professores brasileiros apresentam sintomas de estresse, ansiedade ou depressão. A síndrome de BURNOUT (do inglês TO BURN OUT significa queimar completamente, consumir-se), síndrome do esgotamento profissional, não é exclusividade brasileira. É reflexo do profundo desrespeito imposto pela proposta moderna de mundo ao trabalho docente e à nossa condição humana.Publicação: www.paralerepensar.com.br 19/03/2007

domingo, 18 de maio de 2008

Encontro dia 15 de maio

No dia 15 de maio,começamos nosso encontro com a leitura do texto O terceiro muro do Senador Cristóvam Buarque...quanta discussão, política ou melhor politicagem X educação, o tema rendeu e a discussão foi riquíssima, contribuições de todos os lados e todas muito pertinentes. Em seguida socializamos as análises feitas a partir da música Ai d'eu sodade -Xangai, fiquei muito satisfeita com a qualidade dos trabalhos apresentados, pois além da análise textual os cursistas fizeram uma análise lingüística identificando alguns fenômenos à luz das teorias propostas por Bagno e Bortoni - Ricardo, analisamos se era ou não pertinente trabalhá-la no Ensino Fundamental e como fazê-lo. Foram excelentes as apresentações, parabéns a todos. Na ocasião, finalizamos o fascículo nº.5 com chave de ouro( discussões e apresentações) e com a espectativa de, no próximo encontro, concluirmos o nº 1, inclusive, solicitei a todos que procedessem uma leitura e que fizessem um comentário a respeito do conteúdo desse fascículo. Encerramos o encontro falando sobre a necessidade de leituras complementares para enriquecimento pessoal e produção textual para o portfólio.






Dinâmica proposta pelo professor Marcos - organizar a letra do Sal da terra e cantar.

















A aula inaugural (Consciência corporal - reflexão -ação)


No dia 27 de maio iniciamos o nosso percurso , eu e a Pollyana , representando as Diretorias de Ensino do Núcleo Bandeirante, Guará e Plano piloto/Cruzeiro. O nosso encontro foi na Upis e fizemos um único planejamento para as duas turmas. Iniciamos com uma atividade corporal proposta pelo professor Marcos -EAPE, era díficil não se entregar àquela atividade - toque, auto-massagem, reflexão corporal, foi energizante.Para finalizar, cantamos juntos o Sal da terra, do cantor Beto Guedes, refletimos e compartilhamos nossas impressões a partir daquela canção. Depois desse abre-alas compartilhei a leitura da Moça Tecelã, da Marina Colasanti e apartir daí passamos a tecer a nossa trajetória profissional, ocasião em que por muitas vezes nos reconhecemos na fala do outro, naquele momento estabeleceu-se o tom da formação: leitura, reflexões, troca de experiência...e tudo o que for possível dividir, inclusive algumas lágrimas, sim, conseguimos tocar profundamente algumas cursistas. Em seguida, passamos aos informes gerais, apresentação dos fascículos, contrato didático etc . Ficamos aliviadas pelo êxito alcançado e cientes da responsabilidade assumida. Corajosas! sim, somos muito corajosas, como muito bem observou o professor Manoel, pois trabalhar na formação de professores, estando nós mesmas em formação não é tarefa fácil, penso que também somos um pouco loucas. Felizmente fomos agraciadas com um grupo entusiasmado ávido por falar/ouvir/refletir e quem sabe mudar algumas práticas cotidianas. As avaliações foram muito positivas, empolgadas e cheias de expectativas... maravilhosas!! maravilhadas, assim ficamos. Agradeço a todos que participaram da aula inaugural e, principalmente, ao professor Marcos(EAPE) pelo apoio que nos deu, ele fez a diferença nesse primeiro encontro. Soube trabalhar as nossas ansiedades e dificuldades e sensibilizar os cursistas, abrindo o caminho para darmos o nosso recado, obrigada a você estimado colega.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Enfim...consegui!

Como foi difícil começar...estou resistente em produzir, me expor para conhecidos e desconhecidos.
Todo tipo de desculpas circulou pelo meu repertório,falta de tempo, correria diária, filha pequena, atividades da pós, estudos e leituras para o curso e milhares de outras. Na verdade eu não queria passar por isso, resisti enquanto pude e agora me entreguei. Penso que tamanha resistência resultará numa nova paixão, pois a amplitude de trocas possíveis nesses espaços virtuais são enormes. Escrever o quê?estou diante da tela meio inerte...talvez me identificando, sentindo o terreno, fazendo uma sondagem.Tolice! vou compartilhar com vocês as dores e as alegrias de ser tutora do módulo 2 - Prática de leitura e escrita nos 3º e 4º ciclos, do curso Alfabetização & Linguagem. As dores foram muitas e tive vontade de desistir, primeiro foi o local, depois não conseguíamos montar turma, as limitações das regionais e muitas outras pedras no caminho.
Superado os momentos complicados, estou em plena harmonia, pois tenho aprendido muito e refletido bastante sobre educação e o aprendizado de língua materna. Vocês não fazem idéia da riqueza dos nossos encontros e, pensando por esse lado, é uma covardia privá-los dessa socialização. A partir de agora farei um relato de todos os encontros que tivemos, bem como um panorama das avaliações dos cursistas. Bem vindos a essa viagem que é a língua portuguesa.