quinta-feira, 31 de julho de 2008

Encontro 31/07

Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.( Cora Coralina)

O encontro de hoje foi pura emoção, durante a semana planejei receber os cursistas com um encontro bem reflexivo, primeiramente com uma reflexão sobre nós mesmos, nossas práticas cotidianas etc, e finalizar com atividades práticas sobre gêneros textuais, para tanto escolhi uma dinâmica com a música A lista ( Oswaldo Montenegro), o texto Fazer o que se gosta (Sthepan Kanitz) e a atividade com o gênero dicionário ( palavra dicionarizada) e a polissemia da palavra.
Compartilhei com os colegas as boas sensações vivenciadas com os alunos participantes do fórum permanente de professores da UnB e dividimos a gratificação de produzir e realizar trabalhos com alunos motivados. A professora Lúcia (DRE/Guará) leu o diário de bordo do encontro anterior e em seguida a Professora Sandra (DRE/NB) compartilhou a leitura do texto Fazer o que se gosta, estabeleceu-se o tom da tarde: Muita emoção.
...Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão...Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo(KANITZ). Não é dificil supor os caminhos abertos pelo texto, a Sandra logo falou da minha intenção e seguimos discutindo o texto, a fim de refletirmos um pouco sobre nós mesmos, como seres humanos, passei a canção do Oswaldo Montenegro e pedi que cada um falasse o que a música lhe transmitiu, tocadas pela recente perda de um colega de trabalho do CED Candangolândia as professoras Márcia e Sandra sensibilizaram a todos e tudo que fora planejado acabara por convergir numa intensa reflexão e compartilhamento de sonhos, medos, idéias, frustações e tantos outros sentimentos, a professora Celestina (DRE PP/C) disse-nos que é preciso viver com sabedoria, acrescento que não é tarefa fácil muitos são os (des) caminhos, ser sábio, como sê-lo? A dinâmica com A lista foi uma viagem interior, confesso que não queria ir tão longe, minha intenção era uma acolhida diferente e uma tarde agradável, mas compreendi que de tempos em tempos temos de fazer um balanço e rever atitudes e conceitos e mudar e o momento mais apropiado é definido por nós mesmos. Hoje tivemos um encontro quase surreal em uma formação continuada, mas foi muito importante porque percebemos como estamos unidos por assuntos comuns, somos humanos, falíveis e cheios de coisas boas e más. Começamos o semestre exorcizando os problemas, renovando a crença nas pessoas e em nós mesmos, foi muiiiito bom!
A cada planejamento, a cada encontro aprendo mais, me engrandeço, me gratifico é uma recompensa indecifrável. Os conteúdo estudados, essa troca de vivências, nossas emoções pessoais e profissionais (que riqueza é poder compartilhar), tudo isso tem me feito melhor, acredito que quando estiver com os meus alunos no próximo ano levarei um pouco de cada um de vocês, obrigada colegas pela possibilidade ímpar que vocês me proporcionam.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

ENSINANÇAS E ENSINAMENTOS

Car@s,
aqui vai mais uma valiosa contribuição da colega Socorro, CEF 01 da DRE/NB.

ENSINANÇAS E ENSINAMENTOS
"O que caracteriza qualquer discurso são os seus múltiplos sentidos ou sua incompletude..."


Outra escola da DRE do NB está de parabéns. É importante dirigir felicitações para uma escola que está no compasso da nossa. Sim, a nossa é o Sapão. Comprovado, o Centro de Ensino Fundamental 01 do Núcleo Bandeirante.
Posso dizer através da crônica? Ora, é um discurso outro e realiza a sua função social.
Assim, apresento essa manifestação de prazer. E é justo que eu faça, não só para manifestar a minha ideologia, mas também para esse fim, social? Histórico-social!
Reciprocamente tomemos os mesmos sucessos. Em tudo estamos na mesma campanha. Por assim dizer, no mesmo viés: O PROJETO PEDAGÓGICO!
Professores e professoras precisam desse beijo da paz, dessa música para acompanhar o cotidiano das salas de aula. Viver dentro e, na escola, ultrapassa metáforas. Deslizamos na realidade e as experiências são muitas, e preciosas e filosóficas e apaixonantes e etc. Na verdade, a função da metáfora é a de trazer para a linguagem esses aspectos. Acontecimentos significam sala de aula, tudo está ali, é o esboço.

Pois é, a DRE que nos narre para outras instituições com o mesmo fim: entrecruzar projetos pedagógicos. O nosso plano está inaugurando mais um novo jogo.
Como professora, ensinei-me essa prosa e, quando abri meu E-mail, não fiquei surpresa. Sei como são essas escolas de sucesso. Acompanho esse poema sem pressa. E compartilho essa comunicação com muita compreensão e prazer.
A escola onde estudei o Ensino Fundamental também era de qualidade. Minha formação do Ensino Médio inclusive, ou seja, ficou comprovado através de situações que tenho participado nesse caminhar de ensinanças e ensinamentos.
Passada a surpresa desses escritos, apenas vamos refletir e continuar a fazer o melhor. É uma proposta que expõe a importância indiscutível da profissão de professor que está muito além das dificuldades encontradas no dia-a-dia; umas pedras no meio do caminho estão em toda parte, e essa realidade é a vida.
As nuanças do dizer estão nas pessoas que fazem da escola o seu fazer, o ser, e o ensinar aprender, apreender; o enunciado de cada aula compreende o bem-estar do grupo, formado por professor ou professora e estudantes numa formação coordenada pela querença de todas e todos. A direção do CEF 01, Sapão, empoema e empluma esta crônica. São os váreios do dizer que permitem esta linguagem.
Eis aqui uma unidade de encontro: CEF Agrourbano e CEF 01 NB, Sapão.
(
socorro.juliao@ig.com.br
)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Algumas imagens do laboratório de LAP na UnB








05.07 Laboratório de LAP

O registro que inicio agora não está diretamente ligado às atividades do CFORM, entretanto quero compartilhar com vocês um momento que foi muito enriquecedor para a minha prática em sala de aula.
No dia 05 do mês em curso as professoras: Hilda Lontra, Vilma Reche e Márcia Bortone ( Leitura, Análise e Produção, respectivamente) que são coordenadoradoras da Especialização em Letras da UnB organizaram um laboratório para alunos e professores do Ensino Fundamental. Nós, alunos da pós gradução, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Letras, tínhamos que preparar uma aula que comtemplasse a leitura, a análise lingüística e a produção textual para alunos de 7ª e 8ª séries e nenhuma outra informação. Para complicar ainda mais o trabalho seria em grupo e, preferencialmente, com integrantes dos três módulos e, sendo possível, seria interessante que adequassemos esse laboratório à parte prática da nossa monografia. Desespero total!! Como adequar esse trabalho ao meu trabalho final cujo tema é a leitura de contos de fadas à luz da crítica feminista??? Como trabalhar gênero (categoria) no EF? Quase fiquei doente. Felizmente eu e a Anne estamos trabalhando literatura infanto-juvenil( nos aproximamos), ela já estava muito próxima à Patricia, Adriana, Laura e a Sharlene, tudo muito bom, pois já existia afinidade recíproca entre os participantes, mas não tinha ninguém de produção...problemas a vista. A primeira reunião foi muito engraçada, pois as idéias iam brotando e as viagens eram certas, a proposta apresentada pela Patrícia foi sumariamente rejeitada pela Laura, por fim de pois de muito blá, blá, blá decidimos trabalhar com contos de fadas, especificamente, Chapeuzinho Vermelho. Definimos os pápeis de cada dupla, apresentamos textos e decidimos trabalhar sob o enfoque da multimodalidade textual. O nosso trabalho foi muito bem recebido pelas coordenadoras e pelo grupo da Especialização. No dia 05 montamos um varal com várias imagens de lobos, chapeuzinhos e vovós para a dinâmica de apresentação, tínhamos alunos de escolas públicas e privadas, quatro professores, das cidades de sobradinho, Gama, Taguatinga, Plano Piloto. Os planejamentos foram elaborados para um dia todo de troca de conhecimentos, eu comecei a aula com informações básicas acerca dos contos de fadas, preparei uma apresentação em power point com características dos contos de fadas, apresentei a versão mais antiga e a mais conhecida do Chapeuzinho Vermelho, falei um pouco sobre Charles Perrault e os irmãos Grimm, inclusive, a diferença entre as versões do conto produzidas por eles, visto que em Perrault temos uma moral que localiza bem o papel detinado às mocinhas da época. Aproveitei o gancho para falar de questões femininas e traçar o perfil da mulher ao longo dos séculos, foi um dos momentos mais gratificantes, pois estava insegura em trabalhar o tema dado a complexibilidade do assunto que, dependendo da abordagem, vira piada. Felizmente os alunos, a grande maioria meninas, discutiu, questionou e me propiciou trabalhar, mesmo que timidamente, o meu tema, em seguida falamos de gêneros textuais ( conceitualização por meio de exemplos paupáveis) e mais uma vez falamos da mulher, na verdade o trabalho foi todo centrado na Chapeuzinho Vermelho da pós modernidade, o textos, o léxico, as imagens, a música tudo convergiu para a valorização da mulher atual e foi muito interessante e gratificante essa cumplicidade com os alunos, o horizonte de experiências daqueles alunos convergiram para a leitura daquela aula. Nesse dia eu pude por em prática tudo que venho discutindo com os cursistas, pois trabalhamos com diversos gêneros textuais, como preceitua os PCNs, a leitura estava presente do ínicio ao fim e a gramática estava no texto e partir daí refletiu-se sobre o porquê do uso disso em detrimento daquilo. A palavra-chave foi interação a partir do conceito de que a língua é um código em funcionamento e que sua função prescípua é de atuação social e de interação entre os seres humanos( Fasc. 1), planejamos nossa aula e ouvimos os nossos alunos, respeitamos os seus conhecimentos prévios e ofertamos a eles novos caminhos e possibilidades e a recompensa foi o gostinho de quero mais declarado na despedida e nas fichas de avaliação. Nós recebemos os alunos de vocês que participam da formação continuada, alunos de escolas públicas que sairam de suas casas ( para ficar o dia todo fora) em pleno sábado para estudar, aprender mais e socializar conhecimentos. Esses alunos, a grande maioria, são nossos que trabalhamos na rede pública e eles querem mais do que lhes é dado e buscam, pois sabem o valor da educação formal, a nossa obrigação enquanto formadores de cidadãos, é não perdê-los, é propor desafios, é oferecer conhecimento e, sobretudo não esquecer que só podemos dar o que temos. Fazer a diferença é responsabilidade de cada um de nós.
Bom recesso e até breve!!(muito breve,31/07)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

terça-feira, 1 de julho de 2008

II Fórum Heranças de Leitura

A literatura como toda obra de arte é uma confissão de que a vida não basta.
Fernando Pessoa
Leitura e literatura são asuntos que despertam meu interesse, ter a oportunidade de conhecer autores e ouvir sobre leitura para mim é simplesmente imperdível.
Foi com muito entusiasmo que ouvi a profa. Maria Antonieta Cunha discorrer sobre a sua formaçao leitora e constatar que uma professora fez a diferença nessa história. Assim como ela, eu acredito que a leitura por fruição e, sobretudo a leitura da literatura, contribuem sobremaneira para a formação cidadã, pois cria leitores para a vida inteira. Eu sou fruto da leitura na escola, a minha formação leitora é totalmente escolar. Ao longo da vida escolar tive professores leitores que me influenciaram de tal maneira apresentando-me clássicos e contemporâneos, literatura universal, escritores hispanoamericanos, muchas gracias a Maria Cristina Scalia, Adriana Levino, Nelson Carvalho, Cíntia Schwantes, Hilda Lontra e, principalmente a tia Alvina, responsável pela minha alfabetização. A leitora que me tornei tem muito de vocês é a herança que recebi, obrigada por fazerem a diferença.
Hoje conheci um pouco do escritor Léo Cunha, filho da Maria Antonieta, de quem herdou muito mais do que a leitura. Ele apresentou trechos de dois de seus livros "Pela estrada afora" e "Conversa pra boy dormir", não o conhecia, fiquei surpresa com a sua fala, principalmente, pelo fato de ele sintetizar tão bem a íntima relação entre o litor e o livro, por meio da história do seu avô. Gostei muito do encontro, não foi perfeito devido ao atraso para o ínicio da palestra, é muito chato não começar o evento no horário( embora estivessem muitos professores) e depois atropelar o andamento, pois a melhor parte desses encontros é a possibilidade de diálogo com o autor, perguntar e ser respondido in loco, quando essa possibilidade é cerceada, por conta da organização, perdemos todos e o evento é empobrecido. Sugiro que seja revista a tolerância aos retardatários para não fortalecer ainda mais o descompromisso com quem chega no horário marcado.

SEMANA DE 23 a 27 de JUNHO

  • Coletiva no NMP
  • Encontro na EAPE;
  • Encontro com os cursistas;
  • Formação na UnB.

Encontrar os colegas na EAPE é sempre muito bom, as meninas superpoderosas( apelidamos carinhosamente a Susley, Eliane e Lúcia assim, pois uma é loirinha, a outra tem cabelos vermelhos e ainda tem a de cabelos curtinho e preto) sempre nos oferece uma formação completa humanística e prática em total consonância com a teoria oferecida pela UnB. No dia 25, em especial, preparam-nos um café da manhã que se tornou um brunch devido a programação extensa da manhã. Trabalhamos com palavras soltas e aos poucos descobrimos que as palavras faziam parte do contexto escolar, foi muito interessante apresentar ao grupo o significado pessoal da palavra recebida e mais interessante ainda foi trabalhar as várias significações de um mesmo vocábulo a partir do universo de experência do seu autor. Além desse trabalho com a palavra, revelamos o nosso olhar em relação ao colega, por meio de uma dinâmica foi possível pedir emprestado ou emprestar/dar de presente e comprar algo do nosso colega o que foi muito revelador para todo o grupo. Eu considero extremamente positivo esses encontros na EAPE, no ínicio cheguei a pensar que seriam uma perda de tempo, mas com o passar das semanas eles foram extremamente importantes para oferecermos um trabalho de qualidade aos nossos cursistas, pois nesse espaço questionamos, trocamos idéias e experiências, aprendemos mais, nos fortalecemos, criamos laços de amizade. Lá eu me encontro e tenho a sensação de pertencimento e isso é muito bom, fico muito feliz por estar nesse grupo, sim, somos um grupo a cada dia mais unidos e mais competentes.

O encontro com os cursistas tem sido uma emoção a parte, nesse último encontro pude verbalizar o prazer que sinto em ser tutora desse grupo, eu me esforço muito, pois estamos em formação concomitante e quase não dispomos de tempo extra para as várias leituras complementares, felizmente tenho recebido total apoio da minha chefe para realizar minhas leituras e preparar os encontros. De fato os astros estão convergindo para um ambiente propício à aprendizagem. Como disse anteriormente fico muito emocionada com o grupo de cursistas, pois há um interesse e preocupação em relação as teorias lingüísticas e o melhor é que os assuntos abordados nos fascículos não é novidade para a grande maioria, o que facilita e amplia a discussão e, que por vezes, me dá um frio na barriga. O curso é um intensivão para mim, tenho aprendido tanto que vocês não fazem idéia, muito obrigada ao grupo que permaneceu apesar de todas a dificuldades, espero de fato contribuir um pouquinho que seja para a prática de vocês, se eu conseguir difundir a prática sociocognitivo-interacional no cotidiano escolar de vocês, já terei ganho o ano. Falando em ganhar...quinta-feira ganhamos um belíssimo presente da nossa colega Celestina, um livro com os seus poemas, foi um gesto tão elegante, tão bonito, eu adoro ganhar livros de presente e esse foi tão surpreendente quanto o primeiro que ganhei em maio. Tão bom quanto o primeiro presente foi o segundo, a leitura de um poema especialmente escolhido pela autora. O conteúdo programado foi coadjuvante diante de falas e presentes tão significativos, foi especialmente gratificante a fala da Sandra que chegara ao encontro se despedindo e ao término ouví-la dizendo que estava saindo outra pessoa. Obrigada a todos pelo apoio e compreensão vocês estão resignificando a profissão docente.

Para finalizar tivemos a formação na UnB com os professores Rita e Dioney, pela manhã socializamos como está sendo o curso e a tarde conteúdo e uma polêmica avaliação do semestre.